sábado, 18 de abril de 2009

Adicto por Ovomaltine




Descobri o Ovomaltine meio que por acaso. Em 1981, eu tinha 14 anos e não gostava dos principais achocolatados da época – Toddy, da Quaker, e Nescau, da Nestlé. Comecei a experimentar outras coisas, tipo o Novomilke, da Olvebra, até que um dia deparei com o Ovomaltine na prateleira de um supermercado. Eram quatro os sabores: tipo suíço, tipo doce, sabor malte e sabor chocolate. Experimentei todos. Durante algum tempo gostei do tipo doce, mas depois comecei a consumir com mais frequência o sabor chocolate, que acabou se tornando meu preferido.

Na época, o Ovomaltine vinha em latas que precisavam ser abertas com abridor, com uma tampa plástica flexível por cima (mais ou menos como a do Sustagem), para mantê-lo fechado depois de aberto. Fechado depois de aberto é ótimo, mas vocês entenderam o que eu quis dizer, né? Mais tarde, ele passou a vir com uma tampa metálica removível e um lacre de alumínio flexível, como as latas de Leite Ninho ou Farinha Láctea. A lata em si depois passou a ser de papelão. Inicialmente havia dois tamanhos, mas depois o maior foi limado. Finalmente, as latas foram substituídas pelos atuais sachês, supostamente para baratear o produto. Se houve alguma redução no preço, não foi tão significativa, pois o Ovomaltine continuou sendo um dos achocolatados mais caros do mercado. Nos primeiros tempos dos sachês, nos anos 90, houve até uma promoção em parceria com a Tupperware. Até hoje guardo o Ovomaltine na embalagem Tupperware da promoção.

Os sabores também passaram por mudanças. O primeiro a ser limado foi o tipo doce. Depois foi a vez do sabor malte ser descontinuado. Aí o tipo suíço foi renomeado para sabor suíço. Recentemente o sabor suíço saiu de linha e entrou uma nova versão, o chocolate fino, sem os tradicionais flocos crocantes. Gostei, porque dissolve mais facilmente no leite. Mas existe uma preparação de Ovomaltine, que conheço desde os anos 90, que não dispensa a crocância: o milkshake de Ovomaltine do Bob’s.

Inicialmente produzido pela Wander, o Ovomaltine passou a ser fabricado e distribuído por várias outras empresas, entre elas Moinhos Santista, Sandoz, Novartis e Liotécnica. Há cerca de oito anos, a fábrica de Resende (RJ), na Rodovia Presidente Dutra (BR-116, trecho Rio-São Paulo) foi desativada, em razão de contaminação no solo por vazamento na vizinha Basf. Por coincidência, a nova fábrica fica na Rodovia Régis Bittencourt (São Paulo-Curtitiba), que também é um trecho da BR-116, no município do Embu, na região metropolitana de São Paulo.

Agora pretendo cuidar mais da saúde, por isso estou reduzindo até o consumo de Ovomaltine. Na real, o que me motivou a essa mudança de hábitos foram as recomendações de uma pediatra à minha filha, Malu, que está com sobrepeso – e, conforme descobrimos depois, está com colesterol elevado. O mais difícil foi trocar o leite integral pelo desnatado, que tem um gosto horrível, quase intragável. Espero que, com a evolução da tecnologia de alimentos, as indústrias de laticínios consigam desenvolver um leite desnatado mais palatável.

Um comentário:

  1. Que bom ler esse post do Ovomaltine. Me fez lembrar dos tempos de crianca e daquela anedota que "o vô maltine" era o marido da "velha quacker". Também me lembrei das viagens que fazia nos anos 90 entre SP e RJ e sempre parava na altura da ex-fabrica em Resende para degustar em um bar, um delicioso copo de ovomaltine gelado, preparado em uma daquelas maquinas de suco que a parte de cima é de acrilico. Hoje, em esse aspecto, tenho a felicidade de encontrar aqui na Austria, onde vivo, nao só o ovomaltine original suico como também um creme a base de chocolate (tipo nutella) com os flocos crocantes para passar no pao. Ah, minhas filhas herdaram minha paixao pelo ovomaltine.

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